Apple Watch promete bem-estar, mas é prejudicial à saúde, afirma processo

 William Schendes
William Schendes

O Apple Watch visa promover um estilo de vida saudável com recursos de monitoramento de frequência cardíaca, sono e mais. No entanto, os smartwatches da big tech de Cupertino podem representar riscos à saúde dos usuários. Isso é o que afirma uma ação judicial contra a Apple.

A Apple é alvo de um processo que a acusa de estar ciente da presença de substâncias perfluoroalquílicas e polifluoroalquílicas (PFAS) em algumas pulseiras de seus smartwatches. Essas substâncias, conhecidas como "químicos eternos", podem ser prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente.

A ação coletiva, aberta em um tribunal federal da Califórnia, representa clientes que adquiriram pulseiras dos modelos Sport Band, Ocean Band e Nike Sport Band. Segundo o processo, a empresa sabia dos riscos associados aos materiais utilizados, mas não informou os consumidores.

Apple Watch
Imagem: Apple

“A Apple anuncia esses produtos como projetados para apoiar e promover a saúde e o bem-estar humanos, ambientalmente sustentáveis e adequados para uso e desgaste diários. No entanto, na verdade, eles contêm níveis excessivos de substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil (“PFAS”), que são tóxicas para a saúde humana e o meio ambiente."

- Processo contra a Apple.

Por que os PFAS são perigosos?

A abertura do processo foi motivada por um estudo da Universidade de Notre Dame, que revelou altos níveis de PFAS nas pulseiras de smartwatches. Essas substâncias são frequentemente usadas como materiais impermeabilizantes para evitar manchas de suor e acúmulo de sujeira, mas, quando pressionadas contra a pele por longos períodos, podem ser absorvidas.

Apple Watch promete bem-estar, mas é prejudicial à saúde, afirma processo
Imagem do estudo "Presença de ácido perfluorohexanóico em pulseiras de relógio de PFAS" demonstrando que os PFAS podem ser absorvidos pela pele. (Imagem: Environmental Science & Technology Letters)

De acordo com Graham Peaslee, coautor do estudo, a exposição prolongada aos PFAS em pulseiras é preocupante. Pesquisas anteriores já ligaram esses compostos a certos tipos de câncer e doenças hepáticas, como as associadas ao PFHxA, um tipo específico de PFAS identificado nas pulseiras.

O que diz a Apple

De acordo com o processo, a Apple está ciente de que seus produtos contêm PFAS e seus malefícios à saúde, mas não informa aos consumidores quais produtos têm essas substâncias.

Em nota ao site TechRadar, a Apple afirmou que as pulseiras são seguras e passam por "testes rigorosos" realizados internamente e por laboratórios independentes.

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Com informações de TechRadar e The Guardian.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista e redator de conteúdo. Cobre tecnologia, games e cibersegurança desde 2022. No TechShake, acompanha e escreve sobre notícias do mundo tech, mas também produz reportagens, reviews, artigos especiais e tutoriais. Tem uma sugestão de pauta ou release? Mande para williamschendesps@outlook.com
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