Relatórios recentes apontam que, após os esforços para banir o TikTok nos Estados Unidos, o próximo alvo do governo federal poderá ser a DJI, empresa chinesa fabricante de drones.
Um projeto de lei desenvolvido pelo Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes no mês passado destaca essa possibilidade, gerando grandes incertezas sobre o futuro da empresa no país.
O projeto de lei, intitulado Countering CCP Drones Act, propõe adicionar os drones da DJI à lista de equipamentos cobertos pela Secure and Trusted Communications Networks Act de 2019. Isso impede que equipamentos ou serviços de comunicação considerados um "risco à segurança nacional" operem em redes americanas, além de proibir o uso de fundos federais para a compra desses equipamentos.
Empresas chinesas como Huawei e ZTE já estão incluídas na lista da FCC.
A representante do Comitê que introduziu o projeto de lei em 2022, Elise Stefanik, argumenta que agências governamentais descobriram que a DJI fornece informações sobre "infraestrutura crítica" nos EUA para a China. Segundo ela, "a DJI representa um risco de segurança nacional inaceitável, e é hora de remover os drones feitos pela China comunista da América".
Ações não são novidade
A DJI já enfrentou ações do governo dos EUA anteriormente. Em 2020, o Departamento de Comércio dos EUA colocou a DJI em sua "Entity List", impedindo empresas sediadas nos EUA de exportar tecnologia para a DJI. Posteriormente, o Departamento do Tesouro dos EUA adicionou a DJI à sua lista de Complexo Militar-Industrial Chinês, e o Departamento de Defesa incluiu a DJI em sua própria lista negra em 2022.
Em resposta às alegações, a DJI publicou um post em seu blog em março, refutando as acusações como imprecisas e infundadas. A empresa reforçou que não violou ou abusou dos direitos humanos e que não tem controle sobre o uso de seus produtos.
A pressão sobre produtos fabricados na China tem aumentado recentemente. Na quarta-feira, o presidente Joe Biden assinou um projeto de lei que proibirá o TikTok de operar nos EUA, a menos que sua empresa mãe chinesa, a ByteDance, se desfaça do aplicativo em até nove meses.
Segundo o New York Times, a Câmara dos Representantes poderá votar a favor do Countering CCP Drones Act nas próximas semanas.
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