Amazon é acusada de obter lucro bilionário com uso de algoritmo ilegal

Taysa Coelho
Taysa Coelho

A Amazon vem sendo acusada pela Federal Trade Commission (Comissão Federal de Comércio), nos Estados Unidos, de usar um algoritmo para obter vantagens comerciais nas vendas online. O chamado de Project Nessie (Projeto Nessie, em português), analisaria a concorrência e ajudaria a pressionar o aumento ou redução dos preços do mercado.

A ação, que viola a Lei Antitruste dos Estados Unidos, teria rendido à empresa de e-commerce um lucro de mais de US$ 1 bilhão (mais de R$ 5.1 bilhões), segundo teria revelado uma fonte anônima.

O texto do processo movido pela FTC contra a companhia foi divulgado pelo jornal norte-americano The Wall Street Jornal. Mesmo repleto de trechos omitidos, é possível entender como funcionava a prática que visava intimidar a concorrência.

Como funcionava o Project Nessie

De acordo com o documento do processo, a Amazon teria implementado o algoritmo “com o propósito expresso de dissuadir outras lojas online de oferecer preços mais baixos”.

Nassie aumentava os valores de produtos e monitorava se os concorrentes do comércio online acompanhavam a tendência. Caso não aderissem ao aumento, o produto voltava ao preço inicial.

Segundo relatos de ex-funcionários ao The Wall Street Journal, o sistema também teria sido usado para igualar os descontos oferecidos pela concorrência. O que fazia com que outras lojas baixassem os preços.

Isso gerava o que seria conhecido internamente como espiral da promoção: Mesmo depois que a loja que baixou o preço primeiro finalizasse a promoção, a Amazon e os demais ficavam presos nos valores baixos, porque estava concorrendo agora entre si.

De acordo com fontes, o Project Nessie teria sido encerrado em 2019. Não há informações se a prática foi realizada em outros países, além dos Estados Unidos.

Outras acusações contra a Amazon

O uso de algoritmos de para regular o mercado é apenas uma das acusações feitas pela FTC conta a Amazon. Segundo o relatório, a comissão acusa a empresa do que chama de “práticas monopolistas ilegais”.

Entre elas, estaria impedir que vendedores colocassem seus produtos a preços mais baixos em plataformas concorrentes.

A Amazon se defendeu das acusações com um comunicado. “Se (a FTC) tivesse sucesso neste processo, o resultado seria anticompetitivo e anticonsumidor, porque teríamos que parar muitas das coisas que fazemos para oferecer e destacar preços baixos”, disse David Zapolsky, vice-presidente sênior de políticas públicas globais e conselheiro geral da empresa.

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Taysa Coelho
Taysa Coelho
Movida pela curiosidade, adora conhecer coisas novas e acredita que, por isso, se tornou jornalista. No tempo livre, gosta de ir à praia, ler, ver filmes e maratonar séries. Carioca formada pela UFRJ, atualmente vive em Portugal, país que adotou.
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